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Opinião

Covid-19: vacinação sim ou sim?

Publicado

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Filipa Vale, interna de Medicina Geral e Familiar da USF de S. Miguel o Anjo


Ao longo da história vários foram os momentos em que surgiram surtos epidemiológicos, apresentando algumas semelhanças, tanto na forma de propagação como na sua contenção. Revisitemos outras epidemias/pandemias: sucumbiram à peste Negra (1333 a 1351) cerca de 50 milhões de pessoas, a gripe Espanhola (1918 a 1919) implicou 20 milhões de mortos e vítimas de Sarampo vieram a falecer 6 milhões de pessoas até 1963. Em todas estas crises de saúde pública, a única variável constante é o comportamento humano. 

Não restem dúvidas, a vacinação previne o aparecimento de doenças e permite a sua erradicação, eliminação ou controlo. Falemos claro, a vacinação salva vidas.

No processo de vacinação, treinamos o nosso corpo para se defender da patologia contra a qual nos estamos a vacinar. E é esse mesmo treino que vai permitir que, em momentos de infeção, o nosso corpo esteja preparado para nos defender. A vacinação “fortalece”, portanto, o nosso sistema imunitário e torna-o capaz de nos oferecer proteção face à doença.

No presente, a vacinação, é a nossa maior esperança no combate à pandemia COVID-19.

Grande parte dos receios relacionados com esta temática residem em 2 fatores: o curto prazo de desenvolvimento das diferentes vacinas e as notícias de 2 casos de reação alérgica, registados no Reino Unido. Vamos aos factos, e à ciência que os sustenta.

O tempo médio de desenvolvimento de uma nova vacina é de 10 anos, como foi possível desenvolver uma vacina segura e eficaz?

O que aconteceu é que nunca na história da humanidade, tantos, ao mesmo tempo e sem limitação de recursos, estiveram centrados na resolução do mesmo problema.

Qual o enquadramento das 2 situações de reação alérgica ocorridas no Reino Unido?

Dois pacientes sofreram uma reação alérgica grave à vacina. Estes eram pessoas previamente identificadas e pertencem ao grupo de doentes que fazem alergias graves a determinados alimentos e medicamentos e, por isso mesmo, faziam-se acompanhar, no seu dia a dia, do fármaco que permite tratar estas situações.

A população deverá aderir em massa ao plano de vacinação proposto pelo governo, uma vez que este constitui a principal arma de combate à pandemia que nos assola. Penso que todos concordaremos que o caminho é a vacinação, penso que não restam dúvidas. Só assim estaremos mais perto de cada abraço daqueles que amamos.

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