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BV Famalicenses não deixam cair por terra Campo de Treinos de Outiz

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O Campo de Formação e Treino dos Bombeiros Voluntários Famalicenses, que ficará instalado em Outiz, continua a ganhar forma e não caiu por terra.

Tal como explicou António Meireles, o presidente da corporação, em entrevista à FamaTV e ao OPINIÃO PÚBLICA, a recente polémica à volta da instalação de um “Campus da Proteção Civil”, no Parque de Diversões António Sampaio Nogueira, na freguesia de Bairro, não feriu parte do projeto que esta corporação quer desenvolver.

Recorde-se que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) vai criar, com o apoio do Município de Famalicão, esta infraestrutura em Bairro, num espaça privado, com três hectares e que há cerca de 20 anos se encontra devoluto.

Para isso, a Câmara de Famalicão vai arrendar o imóvel pelo período de 10 anos, pagando uma renda anual de 36 mil euros, tendo o contrato de arrendamento já sido aprovado em reunião do executivo camarário.

Aquele centro da proteção civil terá carácter regional e vai servir os distritos de Braga e Porto e parte do distrito de Vila Real, na época mais crítica do combate aos fogos florestais. Será criada uma base de apoio logístico e será aproveitado o heliporto que já existe no local.

Ora, a notícia de que iria ser instalada esta base em Bairro não caiu bem junto dos Bombeiros Famalicenses que lamentaram, desde logo, terem sido os “últimos a saber” da deslocalização da Base de Apoio Logístico (BAL), que existe há várias décadas no quartel desta corporação, para outras instalações.

Tal como sublinhou na entrevista, o responsável reconhece à ANEPC e ao Município de Famalicão “toda a legitimidade para a tomada de decisões sobre esta matéria”, mas que não pode “aceitar a forma como todo este processo foi conduzido e o secretismo com que foi desenvolvido num claro atropelo às mais elementares regras de convivência institucional, frontalidade e lealdade”.

Por outro lado, em 2014 os BV Famalicenses lançaram um projeto para uma infraestrutura em Outiz que teria uma área de formação prática designada de Centro Formação e Treino e uma outra área destinada apoio logístico designada de Base de Apoio Logístico.

Agora, com esta decisão da ANPC, António Meireles reconhece que o projeto de Outiz sai prejudicado, o que não significa que seja anulado.

“Antes pelo contrário. O que é preciso, e já estamos a tratar disso, é dar-lhe força o suficiente para que não seja um elefante branco e para que se aguente no tempo”, explicou o presidente da Associação que adiantou que neste momento já se está a trabalhar noutro projeto. “Neste momento estamos a reformulá-lo por completo e não posso dar qualquer tipo de garantia relativamente a timings muito certos”, adiantou.

Atendendo à certificação da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT) no campo da formação, e em que foi atribuída à corporação uma verba para formação profissional, a aposta vai ser precisamente nesse sentido. “Vamos apostar mais na área da formação para que as sinergias de uns equipamentos deem para os outros e que o empreendimento que iremos fazer fique economicamente viável”, explica o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Famalicenses.

Apesar do atraso sofrido devido à mudança de estratégia da ANPC, António Meireles quer marcar o 95º aniversário da corporação com novidades sobre este projeto. Sem adiantar pormenores, refere que no próximo ano, “algo vai-se consolidar definitivamente e algo de muito palpável vai ser lançado”, garantiu o presidente.

Não estando dependentes de aprovações de terceiros, esta valência vai dizer apenas respeito aos BV Famalicenses, mas outras instituições poderão juntar-se ao projeto do Campo de Treinos.

Apesar de reconhecer que a relação com a ANEPC ficou ferida, Meireles garante que não põe em causa o serviço prestado pela sua corporação “e a lealdade que sempre tivemos para com as entidades em causa”.

Sobre a situação financeira dos BV Famalicenses, o responsável congratula-se por “existir um pé de meia”, o que possibilitou, “sem grandes sobressaltos” fazer frente a todas as despesas suplementares provocadas pela pandemia de Covid. “Continuamos com uma situação financeira razoável”, sublinhou.

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